ENTENDA COMO FUNCIONA O SISTEMA DO GOOGLE QUE EMITIU ALERTA DE TERREMOTO EM ALGUMAS REGIÕES DO BRASIL.
Na madrugada desta sexta-feira (14), por volta das 2h, moradores de São Paulo e Rio de Janeiro foram surpreendidos por um alerta de terremoto emitido pelo sistema operacional Android. A notificação indicava um tremor de magnitude 5,5 no litoral da Baixada Santista e de 4,4 na escala Richter na região de Ubatuba (SP). No entanto, o alerta foi rapidamente desmentido por especialistas.
O aviso, que apareceu em dispositivos com o sistema operacional Android, fazia parte do sistema de detecção sísmica do Google, que utiliza sensores internos dos celulares para identificar vibrações e variações de velocidade. O alerta também mencionava a possibilidade de abalos secundários e fornecia orientações de segurança, como o uso de calçados adequados e a verificação de vazamentos de gás.
No entanto, a Universidade de São Paulo (USP) e a Defesa Civil do Estado de São Paulo negaram a ocorrência de qualquer tremor na região. Segundo a major Michele César, diretora da divisão de respostas da Defesa Civil paulista, ainda não está claro por que o alerta foi disparado. “É essencial garantir a credibilidade desses avisos. Estamos investigando a origem da notificação para evitar futuras confusões”, afirmou a oficial em entrevista ao G1.
Até o momento, o Google não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
Casos de alertas sísmicos não são incomuns. Em julho do ano passado, um terremoto na região de San Pedro do Atacama, no Chile, gerou tremores perceptíveis em diversos bairros de São Paulo, reforçando a necessidade de um monitoramento preciso para evitar alarmes infundados.
ENTENDA COMO FUNCIONA O SISTEMA DE ALERTA DE TERREMOTO DO GOOGLE.
O sistema de alertas sísmicos do Android opera, na maior parte do mundo, utilizando os próprios smartphones dos usuários para detectar tremores e enviar notificações.
Essa tecnologia se baseia no uso de acelerômetros, sensores embutidos nos dispositivos móveis, capazes de identificar vibrações e variações de velocidade, permitindo uma resposta rápida a possíveis atividades sísmicas.

Alerta de terremoto foi enviado pelo Google a usuários na madrugada desta sexta-feira, 14 | Foto: Imagem da Internet/X (antigo Twitter)
Quando o acelerômetro de um smartphone detecta uma atividade que pode indicar um terremoto, o dispositivo envia automaticamente um alerta ao servidor de detecção do Google, sem necessidade de intervenção do usuário.
“O servidor então analisa dados de múltiplos dispositivos para determinar se um terremoto está realmente ocorrendo”, explica a empresa. Esse método transforma os mais de 2 bilhões de celulares Android ao redor do mundo em microssismógrafos distribuídos.
Nos estados norte-americanos da Califórnia, Washington e Oregon, o Google adota uma abordagem diferente, utilizando dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), órgão oficial do governo, em vez de sensores de celulares.
O sistema oferece dois tipos de alertas sísmicos para dispositivos Android, ambos ativados quando a magnitude do tremor atinge 4,5 ou mais na escala Richter. A distinção entre eles se baseia na intensidade do tremor que o Google estima que os usuários possam sentir.
ESTEJA CIENTE DO ALERTA
É uma notificação comum, que respeita as configurações de volume e o modo “não perturbe”.
Aparece para usuários que devem sentir o tremor de forma fraca (similar à pssagem de um caminhão) ou leve (capaz de sacudir uma casa).
ALERTA DE AÇÃO
Projetado para que as pessoas tomem medidas de proteção.
Ativa a tela do celulares e emite um som alto, mesmo que o aparelho esteja em modo “não perturbe”.
É enviado para quem pode sentir um tremor de intensidade moderada (capaz de quebrar janelas) ou mais forte.
Comente abaixo o que faria nessa situação: